quinta-feira, novembro 13, 2008

Ballet II

Foi bom enquanto durou, mas ao fim de um mês a Bia desistiu do ballet.


_ O ballet é feio, a professora é má e as meninas pisam-me. Não gosto nada do Ballet e se for obrigada a ir outra vez vou ficar a chorar sempre, sempre, sempre... assim, queres ver?
buáaaaaaaa, eu não gosto disto, eu quero a minha mãe, buáaaaaaa. Percebeste mãe?


_ hum??? Mas porquê?


_ Mãe, sabes que eu gosto muito de ti?


(silêncio)

_ Sim, sei.

_ Olha eu quero ir para o futebol


(glup!)

Saídas que me derretem o coração

Depois de visitarmos uma amiga com um bebé muito pequenino.
_ó mãe, eu quando for crescida, vou ser bebé outra vez, tá bem?
(eu também queria filha, também queria...)

...


_ Ó mãe o São Martinho das castanhas tá aberto hoje?

...

_Beatriz trazes-me o garrafão da água?
_ Toma mãe, são 2 euros.

quarta-feira, outubro 29, 2008

Inscrevi-me no ginásio

Como só tenho dois empregos, uma filha, um marido e um cão, achei que só me sentiria seria completa depois de me inscrever no ginásio. Afinal ainda tenho tempo livre da 1 às 7 e meia da manhã. (é gozo é gozo)

Mas neste gozo comigo própria, esta decisão tornou-se muito importante. Tenho problemas de coluna e alguma dificuldade em gerir o stress do meu dia.

Incrivelmente aquilo que eu achava que seria um suplicio (ir ao ginásio) tornou-se em algo muito agradável e que me anda a fazer sentir muito muito melhor. Ao fim de 3 semanas parece que estou lá desde sempre, e que o tempo disponível sempre existiu.
Comprovo que a ginástica de tempo para ir lá é muito menos do que a ginástica que faço durante o treino.

No fim, um duche e sinto-me nova.

Recomendo.

quarta-feira, outubro 15, 2008

Na cama

_ Olha Beatriz... eu estou a falar para o boneco?

_ Não estás mãe... mas podes. Podes falar com este e com este...

(apontando para os nenucos que estavam em cima da cama)

Ballet

O pai achou importante o Inglês.
A mãe achou importante continuar a música (que já está incluída no plano)

Ela achou que tinha de ir para o Ballet!

Quem ganhou?
Todos. Sobrou para as avós que a partir deste mês dividem a mensalidade do Ballet da neta.

(e o que ela anda feliz com isto... nunca imaginei tal coisa!)

Para quem não conhece a Beatriz e antes que eu decida desprivatizar... uma foto por tempo temporário.

Vestida a rigor ... para a actividade...

sexta-feira, outubro 10, 2008

De noite

Adoro quando adormeces de olho franzido, punhos cerrados, de quem guarda a gana de muito querer qualquer coisa.
Como és, sei bem, que algures durante o sono, um sonho te ajudará a ganhar o que querias e a crescer mais um bocadinho.
Enquanto olho e não olho, passo a mão pelo teu cabelo (que está tão grande) e dou-te um beijinho silencioso. Segredo aos teus ouvidos: Dorme bem, meu bebé, sonha com os anjos. Tu de zangada, interrompes o sono e dizes-me: ó pá mãe, deixa-me. Não vês que estou a fazer óó.
Sorrio. A minha alma alimenta-se destas pequenas grandes coisas.

Eu sei minha querida. Eu sei que já És. Eu sei e deixo-te.

Voa, voa meu amor, voa...

quinta-feira, outubro 02, 2008

Curiosidades

Há meses atrás, em pleno auto-estrada, um ferro vindo do nada entrou pelo motor do carro do meu marido. Felizmente, foi no motor e não uns centímetros mais a cima...
Como quem se responsabiliza pelos acidentes nos nossos auto-estradas é a Brisa, quem pagou o valor do arranjo fomos nós, sendo que posteriormente a Brisa acartaria com os custos totais.
Com o carro imobilizado, o meu marido chamou a Brisa, a polícia e o reboque. A polícia aconselhou-o a guardar o ferro como prova do acidente.

Há dias recebemos uma carta da Brisa, que dizia algo assim:
Meus senhores têm de pagar tudo e mais alguma coisinha, pois foi uma equipa da Brisa ao local e não encontramos ferro nenhum.

E penso eu: Pois não , meus amigos, o ferro faz parte da decoração da minha casa há meses.

Enquanto isto, eles devem-me dinheiro e eu tenho de continuar a pagar as minhas obrigações a horas...

Há dias o meu marido recebeu uma cartita da polícia a dizer que tinha sido apanhado ao telemóvel. Como foi identificado a multa é de 280 e tal euros e 30 dias de inibição de condução.

Continuando o raciocínio, todos os dias, quando me desloco para o trabalho, apanho um radar, e agora a novidade é que, existe sempre brigadas de polícia em imensos sítios.

E a minha conclusão é esta:
Se calhar se o carro não fosse meu, mas sim roubado a alguém, e o telemóvel não fosse meu, mas sim igualmente roubado. Se me faltasse dinheiro e fosse assaltar um banco, certamente não teria todas estas responsabilidades como cidadã e no dia seguinte a ser detida, estaria na rua pronta para assaltar mais umas coisas e longe de preocupações.


(porque é que eles não colocam os radares perto dos bancos e as brigadas também. Assim podia ser que em vez de andarem a passar multas pudessem, de vez em quando, combater a criminalidade.

FYI

Estou a ponderar, se volto a fazer deste meu espaço um blogue público.
Isto porque, a minha família deixou de me ler. Não conseguem atinar com as passwords e confesso que acho isso bem aborrecido.

Por isso, se isso acontecer, vou apagar alguns posts mais pessoais e aviso antes de voltar a ser público.

Talvez se não disser nada a mais ninguém a não ser à família, ele passe despercebido. Assim tudo pode voltar a ser como era dantes. A altura em que eu achava que podíamos escrever livremente o que nos vai na alma.

quarta-feira, outubro 01, 2008

Acho que é desta...

... mas nunca se sabe!

Parece que passou uma vida, desde que entrei aqui com o gosto de quem quer ficar. Esta casa estava de um desconforto indescritível.

Vim de férias, de umas férias a 3. Ao cansaço físico, desconto o descanso psicológico de quem pode viver apenas para a família. Foram 15 dias em exclusivo para a família. E que bem que me soube. Só de falar nisto, apetece-me fechar o computador, sair daqui a correr, entrar no carro e ir de vidros abertos e música no máximo buscar a minha filha.

A felicidade das férias é uma felicidade efémera.

Talvez por isso, o regresso tenha sido tão doloroso e confesso que ando um bocado insuportável.

A sensação que tenho é que me esforço por ser mais do que consigo. Ou só boa a fazer isto, ou sou boa a fazer aquilo, ou se achar que vou fazer tudo, não sou boa a fazer nada (o que eu gostaria era de ser uma boa mãe, porque no fundo, o saldo positivo da vida só pode nascer do amor). E ponto final parágrafo.

quinta-feira, setembro 11, 2008

Ao mesmo tempo

_ Mãe deixas-me comer uns Smarties.
_Deixo. Depois de comeres a sopa.
_Depois de comer a sopaaaaaa?
_Sim
_ó mãeeee, fazemos assim, eu como as duas coisas ao mesmo tempo. AO MESMO TEMPO 'TÁ BEM?


Se ela com três anos consegue fazer uma proeza destas, porque não hei-de eu conseguir continuar o blog nesta fase da minha vida?

quinta-feira, julho 24, 2008

Aviso

Cenário: O pai a ver Tv e ela a querer falar com ele. Ele nada e ela avança.

_ó mãe o pai não ouve nada, que chato!

(glup)

_ Olha ó pai, se continuas assim, vais ficar sem amigos!

(eheh)

Um dia longo

Hoje vou começar uma nova jornada. Uma jornada solitária e que sinceramente, me assusta. A Rita vai para casa, espera-se que a Inês nasça no final de Agosto, e depois disso são mais 5 meses... sem ela aqui.

Vou ficar a trabalhar só com homens, no meio de más educações, palavrões e afins.


Pensando positivo, talvez seja uma fase impulsionadora do meu ponto final...
ai o que eu queria... tanto, tanto.

Entretanto sei que vou sentir a falta e o apoio da minha amiga, com quem eu sei rir e chorar. Sei que vou sentir falta das parvoeiras que todos os dias nos saem da boca para fora. Mesmo sabendo que ela não vai emigrar, vai de certo fazer-me falta aqueles olhos que tanto me acalmam e me fazem sentir em casa.

terça-feira, julho 22, 2008

Californication



Acabei ontem de ver o último episódio da temporada e adorei!

Dá às segundas às 23H, na RTP2

Recomendo.

segunda-feira, julho 21, 2008

Passo por aqui...

... uma, duas, três vezes até!

Apetece-me escrever. Eu quero. Tenho tanta coisa que queria ver aqui em forma de letras. Sentimentos e ideias, coisas que nos têm vindo a acontecer. Muitas, muitas vivências. Lágrimas e sorrisos.

Mas depois, ai o que vem a seguir... esta tela branca, e o teclado à minha frente deixam-me sem vontade. Sem vontade e sem paixão.

Então deixo para amanhã. E o amanhã passará a ser o depois de amanhã.

No meio dos dias que correm, fica em falta a prova de que existiu um abraço. Fica em falta o registo do novo raciocínio e da tua nova mania. Ou mesmo das nossas novas manias.

Fica guardado apenas em pensamento na pasta das memórias que o tempo vai apagar. Acredito que fique num sítio mais bonito e inatingível.

E se eu me esquecer? E se para a semana eu descobrir que podia ter feito mais? Que eu podia ter feito palavras que me trazem mais palavras, que por sua vez me trazem mais afecto. O afecto (esse) que faz nascer a vontade...

e se...

terça-feira, julho 15, 2008

A reter para nunca desistir

Tenta. Fracassa. Não importa. Tenta outra vez. Fracassa de novo. Fracassa melhor.

Samuel Beckett

do teu crescimento

Já fizeste 3 anos. A mãe não escreveu nada sobre isso, tem tido pouco tempo para escrever. Também não tenho tido muita vontade.

Foi fantástico assistir à emoção e magia que existiu em volta do teu dia. O teu sorriso, e as palavras que não conseguem descrever a felicidade que é fazer um filho feliz.

O mês de Junho arranca a nossa época das festas. São aniversários atrás de aniversários, tanto que cantar os parabéns é sem dúvida um dos teus passatempos preferidos. Soprar as velas outro. As tuas velas, as dos amigos, ou mesmo aquelas que a mãe acende lá em casa para fazer ambiente. Brinco e digo que és uma "soprasvelasódependente". Enquanto cantas sei que tudo está bem!

Conversamos muito e fazes sem dúvida muita muita companhia.

Compensas todas as asneiras e traquinices com mimo. És a criança mais meiga que conheço. Aproveito todos os abraços que me dás, para encostar o meu nariz à tua orelha. Fecho os olhos e respiro fundo... e consigo sentir ai, ainda o cheirinho de bebé, do bebé que saiu pequenino de dentro da minha barriga.

segunda-feira, julho 14, 2008

Hoje a música, amanhã as palavras...



... é bom "amanhecer"!

quinta-feira, maio 15, 2008

Novo acordo ortográfico (só pode!)

"Boa noite gostaria que escrevecem a frase que esta na ref. 135, e a data do bactismo
que se realizara no prosimo dia 08/06/2008. Pesso urgencia visto que estamos perto
da data do bactismo.Obrigado"

(e-mail recebido ontem à noite, de um senhor que está muito mais avançado do que todos nós lol)

5 da manhã

e uma voz baixinha, cabelo despenteado e almofada às costas:

ó mamã, chega "pa-lá", tenho os pés frios!

De seguida um abraço enorme e um "gosto muito de ti".

Impossivel acordar mal disposta. Esta é certamente a maravilha da maternidade.

segunda-feira, maio 12, 2008

Cá por casa

_ Quem é que está quase quase a fazer anos????
_ xou eu mãe, xou eu!
_ Queres um bolo, um bolo grande?
_ ximmmmm
_ Então que bolo queres? Da barbie, do Ruca, do Noddy, das Princesas???
_ Não mãe, eu quero um bolo do SONIC.



bia

(Mas o que é que ela viu nisto? glup... do Sonic será!)

sábado, maio 10, 2008

Sonho

Caminhavamos os dois devagarinho, sem a pressa do desejo. Eu, apenas eu e tu, apenas tu. Falavamos do mar e do azul. Senti ao olhar para ti, uma magia apaziguante, garantia de que tudo está bem.

Ficamos juntos, num silêncio confortável e nesse dia, entre nós, havia um espaço enorme onde morar.

Desentupimento

Ainda ontem contava a uma amiga, que o blog assim em privado, não me faz tanto sentido. Não faz mesmo. A magia de ter um blog público, é saber que qualquer um pode chegar, ler e ficar. Adoptar as palavras e sentir alguns dos sentimentos de um estranho. De uma pessoa qualquer. É esse sentimento que eu gosto, o de ser aqui igual aos outros milhões. O de dizer disparates e despejar a fúria quando ela se apodera de mim.

Desde que escolhi, ou seleccionei, nem sei bem, só enviei convites a pessoas que eu conheço. Somos poucos, muito poucos. E parece que estou em casa, à distância de um telefonema. Que se calhar vocês conhecem-me ao ponto de eu nem sequer saber o que devo escrever no dia de hoje. Podiamos ter esta conversa ao café!

Vim cá, só dar notícias. Escrever na primeira página do meu jornal que está tudo bem. Apenas ando em fase de desentupimento e está a demorar mais do que eu pensei.

quinta-feira, abril 24, 2008

E o que me apetecia agora...

... agorinha mesmo, era uma bola de Berlim daquelas vendidas na praia. Depois apetecia-me que não fosse de noite, mas sim de dia e que em vez de estar aqui, estivesse lá, de pé descalço a sentir a areia e o sabor, do melhor bolo do mundo.


(até estou com água na boca)

Gosto da "Gota"

terça-feira, abril 22, 2008

Carrego o teu coração comigo

(para ti minha filha)


Carrego o teu coração comigo
(Eu carrego-o no meu coração)
Nunca estou sem ele
(Onde quer que eu vá, tu vais, minha querida;
e o que quer que eu faça é por ti que faço,
minha querida)

Eu não temo o destino
(pois tu és o meu destino, meu doce)
Não quero o mundo
(pela beleza tu és o meu mundo, a minha verdade)
E tu és o que a Lua sempre significou
E o que quer que o Sol transmita, és tu

Eis o segredo mais profundo que ninguém sabe
(aqui está a raiz da raiz e o botão dos botões em flor
e o céu do céu de uma árvore chamada vida;
que cresce mais do que a alma pode esperar ou a mente pode esconder)
e este é o milagre que mantém as estrelas separadas

Eu carrego o teu coração
(Carrego-o no meu coração)

E.E.Cummings

Abril sorrisos Mil

(durante estes dias... para memória futura)

Dormiste pela primeira vez na tua vida até às 12H50 (o que fez com que eu passasse o dia todo em alerta a pensar que ias ficar doente)
Consegui pela primeira vez fazer-te um rabo de cavalo e no dia seguinte um totó (entusiasmei-me de tal maneira que hoje comprei-te uma pulseira e um fio às flores. Pirosos até à última casa)
Comeste a sopa sozinha (sem gritos, berros, colheres pelo ar e comida para o cão)
Dormes depois de te ler um história (sem abanões e pedidos para ir para a minha cama)
Disseste-me ontem que tinhas namorado (e o pai ouviu!)
O Rodrigo diz que namora contigo, mas tu dizes que namoras é com o Duarte ( o pai perguntou-te o que o Duarte te faz e tu respondeste: Dá beixinhos! Quando te perguntamos assim em coro: ATÃO E TU O QUE-É-QUE-LHE-FAZES????? Tu respondeste: Eu, dou-lhe palmadas (minha rica filha, tem a quem sair!)
Quando te aborreces dizes que estás zangada comigo e que já não és minha amiga.
Já não usas chucha há uns meses e fraldas, só a da noite, mas o biberon é de manhã e de noite o teu melhor amigo.

Daqui a dois meses .... 3 anos!

quinta-feira, abril 17, 2008

Em jeito de conclusão

Não sei bem se tudo me acontece, ou se sou naturalmente complicada. Mas muitas vezes o que parece óbvio e tão simples, toma proporções que merecem registo.

Ora vejamos.

Algures no início de Fevereiro, numa rara ida minha a um centro comercial, houve alguém que decidiu estatelar o seu carro contra a frente do meu. Bendito século XXI, papelada para cá e para lá e tudo se resolveu.

O primeiro telefonema da seguradora para mim, foi para informar que o condutor do veículo que bateu no meu não tinha o seguro válido. Traduzido em linguagem profissional: No meu sinistro o condutor não tinha pago a apólice.
Resolvido isto, que não passou de um falso alarme, marcaram a peritagem do carro. Claro está, que na ponta oposta ao meu trabalho. Até ai tudo bem, lá organizei a coisa de forma a conseguir.
Durante as minhas férias, ligarem vezes sem fim, até que atendi e a "xodona Dina" disse que tinham de marcar nova peritagem, pois aquela não tinha sido válida, tinha sido feita pela seguradora errada. E a próxima vistoria seria no dia seguinte, já marcada.
Expliquei à senhora que estava na Suiça, numa pausa de uma descida de uma pista azul, para atender o seu tão urgente telefonema. Como tal, era impossível eu comparecer à peritagem. Marcaram como FALTA minha.
Logo que cheguei marquei novamente.
Nessa noite a Bia foi mordida por um insecto e aquilo inchou tanto que acabámos no hospital às 6 da manhã. Tive de faltar e mais uma falta minha.
Na quarta tentativa, depois de mudar a minha vida toda, de apanhar 2 taxis, lá deixei de novo o carro à hora marcada. 8H30 da manhã na garagem. Às 17h00, telefono a perguntar se posso ir levantar o carro. O perito faltou. Simplesmente não compareceu o dia todo, e mais um taxi e alguns trocos do meu bolso.

Saltou-me a tampa! Literamente SALTOU-ME A TAMPA TODA.

Depois de alguns telefonemas, que não valem a pena referir, enviaram-me o orçamento por escrito, eu enviei à seguradora e marcaram a reparação.

A rent-a-car que me arranjaram, está na ponta oposta à oficina, que fica numa outra ponta oposta do meu trabalho, que por sua vez fica longe "comócaraças" da minha casa.

Hoje, dia de levantar o carro até às 17H30, para não falhar decidi sair às 16H15.

Ora pois que:
Começou a chover sem haver amanhã
Fecharam o túnel do Marquês
Houve uma manifestação
E depois de muitas voltas, pedidos, telefonemas e quase ameaças, lá consegui que me entregassem o carro à hora que conseguisse lá chegar.

Tudo isto para registar que:
Saí do emprego às 16H15 e cheguei a casa às 20H20, com produtividade ZERO.
Mais um daqueles dias em que o meu marido que trabalha no Algarve, chega antes de mim a casa.

quarta-feira, abril 16, 2008

Palavras de outros que me dizem muito,

... por isso (digamos que), antes de recomeçar isto "à séria" ando a mastigar as palavras.

" Não faças isso, estás farto de saber que não deves escrever quando estás zangado, quando tudo em ti se agita, quando te morde a impaciência. A raiva. Vá lá, diz a palavra, mastiga-a nos dentes que te rangem. Desde que não a escrevas. Não escrevas. Não escrevas quando estás assim, prometeste tanta vez, sabes do resultado. Como não te deves sentar e começar se, por um acaso, te encontras particularmente eufórico, a achar sentido nas coisas. A escrita, aprendeste à tua custa, dá-se mal com a realidade: não podes transpor emoções ao mesmo tempo que borbulham. Já sabes que a escrita é um vinho, deixa respirar, não avances , não te precipites. Um vinho. Se a raiva te salta, te guia o coração e os tendões, se te retesas, afasta-te das palavras. (...)
Não escrevas quando és um bicho. Quando estás desfeito. Não há pior erro do que o erro do principiante. (...) Se queres pensar nisso por um momento, sai, fecha a porta, vagueia, atravessa ruas sem olhares, deixa-te ir aos encontrões entre os fantasmas anónimos que não te dizem nada. Mas afasta-te. Não escrevas. Não é tempo de escrever. (...)
Vai gritar para outro lado. Só voltas ao ofício quando te tiver passado a raiva. Para poderes escrever sobre ela."
Rodrigo Guedes de Carvalho

Contrasenso do dia

Sair de um dia inteirinho no Spa do Ritz directamente para casa, descascar batatas para o caldo verde do jantar.

yes, that's me!

sexta-feira, abril 11, 2008

1º dia de blog privatizado

Ainda me faltam as palavras.

sexta-feira, março 28, 2008

(assim de longe)

porque ando doente, ela também e o marido igual e, no meio de lenços, injecções e afins, tento não contaminar o espaço virtual...


...

volto quando melhorar.

cof!

quinta-feira, março 20, 2008

Ontem uma "Bomba" no Pavilhão Atlãntico

Alicia Keys, ontem no pavilhão atlãntico!

Foi mesmo um bom concerto!

quarta-feira, março 19, 2008

Ser criança é bom!

É tão bom.

Às vezes gostava de voltar a ser, nem que fosse apenas para dizer, sem pensar, algumas coisas que me passam pelo coração. As coisas que me passam pelo coração seguem um trajecto pelo meu corpo. Vão à cabeça, são filtradas, reformuladas e saem pela boca muitas vezes num contexto diferente, com um sentir diferente. Não é exagerado se eu disser que muitas vezes são apenas meias verdades.

A minha filha teve a melhor saída de sempre, em resposta a uma pessoa que a queria insistentemente agarrar:

_ Ai, tu és feia, tu és má, és uma bruxa!

Eu não consegui conter o riso interior. E a falta de palavras... na verdade eu não a posso julgar, nem ralhar. Ela disse a verdade. Ela achou as palavras que eu tanto quis dizer e não podia.

(devemos nós julgar palavras sinceras, só porque são indelicadas e politicamente incorrectas?)

A primavera está a chegar ...

... e com ela a chuva, a minha rinite e a alergia das picadas de melga da minha filha.

Este ano, não me preparei para a sua chegada e isso já me custou uma ida ao hospital e uma filha que há dois dias não dorme nada, por ter um olho fechado e inchado, e o braço aos altos que parecem caroços de pêssego.

Ai... o que eu gosto da primavera!

(flores, nem vê-las!)

quarta-feira, março 12, 2008

Ó senhores, nós somos Tugas!

O meu amigo Nuno perdeu o telefone numa das pistas, deixou o bolso aberto do casaco e ele caiu.

Quanto percebemos que o tinha perdido, o meu marido foi à procura dos perdidos e achados.

Ora e então o que são os perdidos e achados da estância? Nada mais, nada menos do que uma caixa de metal presa à parede na saída ao pé do forfait.

Quem encontra deposita, quem perde vai buscar.

No dia seguinte o telefone estava lá, ligado e tudo. Pronto a ser levantado pelo dono.

Isto possivelmente é uma coisa normal lá, mas para nós, isto é uma raridade e um exemplo muito dificil de cumprir no nosso país.

Estão a ver um Tuga a achar o belo do telemóvel e a ir depositar na caixinha, assim como quem não quer a coisa????

hum. Tenho muitas duvidas.

Enquanto eu vestia o casaco

_ ó mamã vais tabalhai????

_ Vou sim.

_ Não vás. Fica com a Titiz!

_ Ai é? E ficamos a fazer o quê?

_ ó... vamos para a neve.

segunda-feira, março 10, 2008

Como peixe na água!

No seu melhor estilo no baloiço... ;-)
Andar de baloiço é bom...

Chegamos!
... ainda temos tempo para uma aulita de ski...

Depois de uma aula de sky nada melhor...
... e acabo a tarde com uma soneca ao ar livre!

(Só no primeiro dia refilou com a roupa, mas de resto, nem os óculos tirava! Uma verdadeira surfista da neve.)

Já cá estamos!

Foi bom, muito giro, mas CANSATIVO....... ui... muito mesmo! Arrisquei e também fiz aulas de ski e desta vez até que não me dei mal ;-). O que me custa mesmo é a quantidade de tralha e roupa com que temos de andar.

As condições são das melhores possíveis! Tudo muito organizado, tudo muito civilizado. Um sonho mesmo.

Para contar com calma quando tiver mais tempo, pois cheguei ontem às 19H30 a casa e hoje já estamos todos a trabalhar.

sexta-feira, fevereiro 29, 2008

A minha relação com o ski é ...

... um bocadinho assustadora. Da última vez que tentei praticar esse dito desporto, acabei sempre com a cabeça no chão e os skis a apontar para o céu. Passei o dia inteiro a cair. Mais giro, foi ver crianças de 5 anos a passaram por mim, em pé, e direitinhas.

Um autêntico caos.

Por isso este ano vamos de férias para a neve, e embora leve roupa apropriada, os skis vão ser para outros pés. Ai vão, vão.

Hoje entro de férias, amanhã tenho um grande dia e no Domingo vamos para aqui , na mala não pode faltar os dois livros que quero ler e a máquina fotográfica.

Bis nächste Woche!
(espero não ter escrito nenhum palavrão)

E amanhã é um grande dia

Ah pois é! É o dia do teu casamento. Andamos todos um bocado nervosos, e tu, nem se fala. Mas também não é todos os dias que se casa. ;-)

Quero que saibas que amanhã vou estar ao teu lado no papel de tua madrinha e vou de certo inchar e inchar de orgulho por ver a noiva mais linda do mundo.

Estou desejosa que chegue a hora.

Faltam 27 horas.

Obcecada por animais?? NAHHHHHHH

A cantar:

Oliveirinha da SELVA, o vento leva ....

Conhecem esta versão???

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Da vida

Conheci-o com um sorriso incomparável. Aqueles sorrisos que saltam da alma directamente ao nosso coração. Uma pessoa feliz é uma pessoa que sorri com a alma.

O nosso avô é uma pessoa que me ensinou que podemos ser felizes com aquilo que a vida nos dá, basta para isso, termos vontade e sermos inteligentes em moldar as nossas expectativas. Aquilo que recebemos são as ferramentas, os ingredientes para a felicidade.

O nosso avô é a pessoa mais feliz que conheço.

Lembro-me dele em alturas marcantes da minha vida. Lembro-me de o ver perder o amor da vida dele, mas lembro-me também de como ele deu a volta por cima.

Lembro-me de o ver passear à beira mar e andar quilómetros e quilómetros a pé. Recordo com muito carinho o dia em que ele viu a Beatriz pela primeira vez. O sorriso... o sorriso que nos faz respirar fundo.

Há uns meses o nosso avô sofreu a sua terceira "míni trombose". Levou-lhe a fala, alguns movimentos, mas deixou-lhe o sorriso.

Como ele precisava de assistência 24 horas, decidimos a muito custo que o melhor seria encontrarmos um lar, que o acolhesse e que lhe desse os cuidados médicos que precisa. Foi igualmente difícil a escolha do lar. Lembro-me do meu marido me contar que muitos sítios onde entrou tinham um cheiro que não conseguia sequer descrever. Os sítios que achamos bons são 4 a 5 vezes o valor do colégio da minha filha. Com esforço financeiro da minha sogra escolhemos o melhor.
A adaptação dele ao lar foi maravilhosa. Mais uma vez em poucos dias ele já tinha amigos, já todos falavam dele. A classe feminina então, nem se fala ;-)

Algum tempo depois fomos confrontados com uma doença que para melhorar tinha de fazer um exame (dito por eles) sem riscos nenhuns para o paciente.

A verdade é que depois desse exame ele nunca mais foi o mesmo.

Este fim de semana passamos algumas horas a procurá-lo, fugido do lar e encontramo-lo no hospital. Tinha caído na rua e chamaram a ambulância. Depois dessa situação resolvida, fugiu nessa mesma madrugada das urgências do hospital!

E tem vindo a piorar.

Hoje a ouvir as lágrimas da minha sogra, pensava naquela máxima que tantas vezes ouvimos mas que poucas vezes guardamos o seu verdadeiro sentido.

Devemos viver um dia de cada vez, mas aproveitando ao máximo aquilo que a vida nos dá. Os amigos, a família e o bom que é sentirmo-nos amados pelos nossos entes queridos.

Eu, apenas rezo para lhe voltar a ver e sentir aquele sorriso que sempre inspirou a minha vida.

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Ainda sobre a chucha

ou artigo de muito pouco interesse para quem não tem filhos!

O verdadeiro artigo da chacha ou da chucha!

Há dois dias, ou melhor na noite antes desta, ouvi novamente a palavra que pensei não ouvir mais. Em tom de lamúria às 3 da matina: _ mãe eu quéio a minha chuchinha...

E o que faz uma mãe às 3 da manhã?

De certo não saca do manual da boa educação e começa a folhear até encontrar a solução para aquele problema. Afinal ela tinha deixado a chucha há dois dias e ainda não tinha pedido por ela. Eu tentei! Disse-lhe: _ Ó filha, tu deixaste a chucha, deitáste-as todas fora. Foste tu. Lembras-te?

Depois dessa frase só me lembro do BUÁAÁAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! Num tom muito alto, gritos, enfim! Às três da manhã. Repito 3 DA MANHÃ!

Depois de mais algumas tentativas frustradas, decidi dizer que tinha uma chucha lá em casa de um menino que me tinha emprestado e pimba, enfiei-lhe aquilo na boca. Foi tiro e queda, 1 milésimo de segundo depois já estava a dormir e eu consegui voltar para a cama.

De manhã, a primeira coisa que ela me disse foi: _ Ó mãe acordei de chucha, mas eu já sou crescida!
Conversamos as duas e disse-lhe que a decisão de largar a chucha tinha sido dela e que eu também achava que ela já não precisa da chucha para nada.

Não falou mais nisso até hoje às quatro e cinquenta da manhã. Repito 4H50m da manhã. Eu apenas lhe disse _ Beatriz chuchas tuas NÃO HÁ e o menino já veio buscar a dele.
Eu quero dormir! MESMO!

E lá se ficou sem ela!

Para sempre




Queria recordar este dia com menos mágoa, afinal já passaram alguns anos. Mas o tempo, que é tanto nosso amigo, tende a apagar as boas memórias, deixando-as desfocadas, sem sentidos. Não me lembro do cheiro das coisas boas, mas lembro-me do cheiro deste dia mau, tão mau! O pior dia de todos os meus dias.

Hoje inconscientemente foi a primeira coisa em que pensei. Como se o dia fosse um marco do verdadeiro sofrimento.

Faltam-me as lágrimas que ainda tenho e precisava de chorar.

Para sempre, meu amor!

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

És de ideias fixas

Ontem disseste a mim e ao pai, que já eras "quexida" e por isso, já não precisas de chucha. Logo de seguida deitaste-as todas no lixo.

E pronto. Até agora não as pediste mais.

A ver vamos!

:-)

Adenda: Até agora nada de pedir chucha. Pelo menos em casa e já lá vão duas noites. Vou ligar para o colégio e saber como correu o dia de ontem. Agora anda cá com umas birras que até eu já tive de me conter para não fazer da chucha uma solução!

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

O meu cérebro em acção, a pensar muita coisa ao mesmo tempo

Ontem ainda dentro do colégio tiveste um ataque de exigências. Chamo "ataque de exigências", quando pedes mais do que duas coisas por segundo e não esperas nada até as conseguires. Quero água, quero bolachas, quero, quero, quero.... Tenho alguma dose de paciência no bolso mas às vezes, quando passas do "ataque de exigências" para o "ataque de agora vou começar a correr por aqui fora, não me apanhas e não saio daqui" eu passo-me. Transformo-me. Acho que fico roxa! O tom de voz aumenta e o sorriso desaparece. Enquanto ralhava contigo lembro-me que nas minhas entrelinhas tu gritavas à janela: ajudem-me, ajudem-me! . Quanto tens saidas destas, não consigo continuar o discurso de mãe zangada, porque ficas simplesmente irresistível.

Às vezes penso no segundo filho. Tenho pensado muito. Vejo-te já menina e percebo que o tempo está a passar. Depois penso que ainda tenho muito tempo. Que ela ainda é muito nova. Que eu não aguentaria mais uns meses sem dormir e más noites que ainda tenho. E o dinheiro e blá, blá. Penso muitas coisas muito seguidas umas que me dizem que sim, outras que me dizem que não. Mas é algo que vem de dentro. Uma chamada... o corpo que faz tic-tac, tic-tac. Claro está que, por cauda disto, tudo o que vejo são grávidas e bebés e conversas sobre o assunto. Sei bem a importância que é ter um irmão. Já tive, já não o tenho e por isso, sei o que é ser filha única e sei o que é ter um irmão. Faz-me falta ainda hoje! Mas continuo a achar que ainda sou muito nova e tenho muito tempo.

Queria dar o salto no trabalho. Atirar-me de cabeça na direcção do que acredito muito. Mas o tempo vai passando e a coragem às vezes fica camuflada na vertigem dos dias. Por isso, há dias que sonho com isso. Sonho com o meu sonho. Talvez não tenha nenhum motivo grave ou suficientemente forte para dar o pontapé. Eu gosto das duas coisas que faço.

Queria praticar algum desporto. Anda a fazer-me falta.
Continuo a pintar, um pouco em cada dia, uma história de cada vez. E faz sentido. Hoje olhei para os meus azulejos da casa de banho e acho que vou largar um bocado a tela.
Não consigo fazer apenas uma coisa de cada vez.

Hoje é dia dos namorados. Não sei porquê, não ligo a este dia. Tenho a sensação de bando, e isso assusta-me. Comemoro, melhor, comemora-mos, mas em casa, no aconchego. Hoje devo ser eu a fazer o jantar. E o papel do não sei cozinhar foi tão bem decorado que agora nunca faço nada de jeito. A vontade não abunda!

Pediste-me para ir ter com o "Calenço" e com a "abó", para ires brincar com a Joaninha. "Ó mãe posso ir ter com o Calenço para ir bincar com a Joaninha, posso? Dá cá um beijinho"

E de tudo o que se passou, a memória que fica é do beijinho que me deste. E depois de outro e mais outro.

(e o coração cheio... )

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Tlim, Tlom

_ Sim, bom dia.

_ Olá bom dia minha senhora, a senhora não se importaria que eu fosse urinar nos seus lavabos?


(Aconteceu. Acabou de acontecer. Eu tenho testemunhas. Fiquei de boca aberta!)

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Em tudo o que fizeres apressa-te lentamente.

(Augusto)

Praia

Praia

Brincadeiras a dois

Brincadeiras a dois

Talvez sejam estes momentos que me arrancam a pressa dos dias.



segunda-feira, fevereiro 11, 2008

10 minutos depois

E alguém se lembra que passados 10 minutos, já não se consegue mexer o maxilar?

Eu acho que nem as pastilhas são o que eram, bolas...

Alguém ainda se lembra...

... do bom que é o sabor de uma SUPER GORILA?

É que só o facto de ter uma na boca, volto 15 anos atrás no tempo. Isto é quase um momento de meditação.

(para ser perfeito, só falta poder mastigar isto de boca aberta... eheheheh)

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Queria escrever isto sem que se pareça com algo estranho...

... mas sinceramente não sei se é possível.

Gosto de ver pessoas entusiasmadas com o que fazem. Gosto de sentir a energia que se gera, quando alguém explica um projecto, ou uma ideia e realmente acredita naquilo. E gosto de tal maneira que começo a sentir essa energia dentro de mim. Apetece-me produzir, agarrar, criar e fazer algo construtivo.

Acredito que só fazem sentido as coisas que nascem assim, fruto de amor e dedicação.

Ontem senti isso no colégio da minha filha. Senti que o colégio não está parado, estagnado e resignado ao que existe. Sinto que estudam, que pesquisam que querem ser melhor. E isso, para mim, é tão ou mais importante que o resultado em si.

Mas numa apresentação assim consegue-se ver as coisas de diferentes perspectivas, ou melhor, consegue-se sentir as diferenças que existem nas pessoas, nos pais. As diferentes preocupações de cada um. O que acham importante, o que querem dos filhos.

O que eu quero, é que dêem espaço à minha filha, que lhe apresentem soluções para ela se encontrar, para ela explorar, para ela se conhecer. Quero que ela aprenda com erros, mas que experimente, que viva. Quero que saiba ajudar o próximo, que não discrimine, quero que respeite... e depois de tudo isso, quero que seja uma futura boa aluna, etc. Mas mesmo só depois de tudo o resto.

Hoje, talvez por ela ainda ser muito nova, ainda não me preocupa o facto de ela saber ler e escrever. Não me preocupa o facto de vivermos num mundo competitivo. Isso das competições tem muito que se lhe diga!

Há sempre quem fale muito. Quem questione muito. Muitas vezes pelo prazer de dizer qual quer coisa em voz alta, ou apenas por ser do contra... ou porque , ou porque.
Há quem observe calado, há quem fale com o vizinho do lado.
Há quem esteja apenas numa conversa paralela.
Há quem falte.
Há também quem não se interesse.

Para mim, é a decisão mais importante da minha vida. Não é a casa, ou o carro, ou a profissão...

A apresentação do novo projecto fez-me bem (menos ao estômago, porque estava cheia de fome). Fez-me bem por me relembrar o porquê de ter escolhido aquele, como o colégio da minha filha.

Não por causa das instalações, ou por causa de ser um colégio de nome, ou porque fica bem, ou porque, ou porque...

Escolhi-o porque gosto da massa humana. Gosto de pessoas que querem mais e melhor. Que estudem, pensem, transmitam, etc. Gosto de pessoas que têm valores com os quais eu me identifico. Só assim me faz sentido.

E são as pessoas que dão vida a uma casa!

Cuidado: este artigo diz PIPI

Enquanto te lavava (o PIPI) de manhã:

Ó MÃIIIIII, tá quieta, ixo é MEU Ó!

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Coisas de mãe

(que como a Alda disse no outro dia, não se explicam)

Fecho o olhos e vejo-te com febre. O coração aperta. Fica pequeno. Tento afastar o pensamento, num acesso louco de acreditar a 100% no que chamam de lei da atracção. Normalmente começo a pensar muito depressa numa outra coisa qualquer, no mar, na praia, num dia bonito... mas o pensamento existiu. Vi-te com febre e pronto.

Dia seguinte vais bem para o tua avó. Mas o nó no estômago continua.

Sai do trabalho, batem-me no carro e liga-me a minha mãe a dizer: Olha a Bia de repente ficou com febre. Há dias que ....

Porque é que não me surpreendi? Porque sempre que ela fica doente eu sei, muito antes de ela estar. Sempre foi assim, desde que nasceu.

Acredito que isto seja simplesmente uma coisa de mãe, de alguém que gerou a tua vida, que te teve 9 meses dentro de mim. Acredito que sim.

Há dias em que a piroseira me bate bem forte!



Hoje é um dia assim.... hoje de manhã a cantar bem alto, dentro do carro de vidros fechados claro.

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Quando a vontade é pouca...

... a criatividade também.

Já me perguntei 50 vezes o que faço aqui hoje. E a única resposta que encontro é:

OCUPO ESPAÇO (físico, claro!)

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Ontem...

...fui ver isto e recomendo.

O único senão, é a duração da mesma. Eu escolhi um dia de semana depois de ter trabalhado o dia todo, inclusive hora de almoço. Escolhi um dia em que fui buscar a Bi, tive de ir pagar a conta da piscina. Escolhi um dia que dei banho, fiz jantar e só depois peguei no carro para ir.

Cheguei às 21H, hora que começa. Saí às 24H30, hora em que acaba.

E quando cheguei a casa à 1H00, ainda fui coser o vestido de Minie da minha filha (que por acaso nem o queria vestir de manhã... tal a birra.

Tudo a correr, logo: Tudo dentro da normalidade!

quinta-feira, janeiro 31, 2008

...

Se andam dois tigres à solta e umas vacas fora do pasto a passear pelo autoestrada, então é normal que exista mesmo, um urso, um macaco e um elefante a morar lá em casa.

Pensando bem, é possível que eles não sejam fruto da imaginação dela!

quarta-feira, janeiro 30, 2008

Para quem precisa de aventura

Nada melhor do que passar umas horinhas na Segurança Social.

Há de tudo. Quem desmaie, quem grite, quem fale alto, quem durma.
Mas há uma coisa impressionante: O balcão dos prioritários tem mais pessoas que os outros balcões. Eu sei que há pessoas que não têm com quem deixar os filhos, mas há muitas mais que até filhos pedem "emprestados" para ir tratar de assuntos pessoais.

Uma coisa do outro mundo!

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Para quem tem maridos que não cozinham

Caras amigas:

Este é um artigo daqueles iluminados, com um assunto muito piroso, assim quase ao jeito de um programa da Marta Stewart.
Mas mesmo com todas estas condicionantes, não deixa de ser um artigo fascinante e de extrema utilidade.

Se têm um marido que não cozinha, mas queriam que ele cozinhasse, eis que existe uma solução.

Depois de 9 anos de esforço contínuo, em que o mais-que-tudo lá de casa, sempre disse que nem um ovo estrelava, no sábado fez um cozido à Portuguesa. Ele não nasceu a fazer cozidos à Portuguesa, mas agora o cozinheiro lá de casa é ele.

(e não é que tens jeito sacana? Ainda estou por saber onde é que praticaste.)

Vou revelar o segredo, apenas porque agora que ele já cozinha há uns meses já lhe disse que os dois dias que ele ia morrendo envenenado foram obra minha.
Se querem que o vosso marido cozinhe, nada melhor do que fingirem que perderam a mão para a coisa. Eu fiz as duas piores refeições da minha vida, em dois dias seguidos.

Passo 1: Despejei um pacote de polpa de tomate concentrado, num tacho de carne guisada para 3.

Passo 2: Deixei cozer até a carne ficar tipo pastilha elástica.

Passo 2 alínea a) No acto da confecção convém dizer umas coisas, para dar mais emoção à coisa.

Passo 2 alínea b) Convém também comer qualquer coisa antes do jantar para não passar fominha.

Passo 3: Basta servir com muito amor e esperar que o mais-que-tudo coma com satisfação.

Resultou, porque ao terceiro dia ele ofereceu-se para cozinhar. E cozinha desde esse dia até ao dia de hoje

(repito: não é que tens jeito??? )

ET VOILÁ!

Se quiser melhorar a situação compre uma Bimbi e terá delícias ao jantar.

Já agora o que vai ser hoje para a janta?

(ihihihi, ai as pragas que me estás a rogar)

quinta-feira, janeiro 24, 2008

Sou uma rapariga de sorte ou momento esquisofrénico do dia

Depois de mais um acidente com não sei quantos mil carros (9 para ser mais precisa) me ter atrasado (de novo) o começo do dia, decidi vir de barco e apanhar um taxi.

Eu juro que respiro fundo e olho para o céu, no momento em que vou entrar no dito carro amarelo. Eu acho que já expliquei aqui um dia, o meu pavor por taxis, acho que já expliquei que às vezes a sorte é tanta que tive um acidente no banco de trás de um taxi que me levou de ambulância para o hospital. Por isso, sinto-me no direito de não achar nada exagerado todo o ritual antes de colocar lá dentro o meu primeiro pé, o direito.

Aquilo onde apanhei o dito é de uma organização que não parece que estamos em Portugal. A fila é enorme e os carros andam em forma de caracol até que um a um, vão apanhando as pessoas. Durante esses minutos olho para os condutores à espera do que me ia sair na rifa.

Pois tá claro. Hoje experimentei-me nas conversas do fanatismo religioso. Quanto eu digo duas simples palavras, "bom dia" e me respondem "bom dia se Deus quiser". E eu mentalmente disse:

UI QUE ISTO HOJE PROMETE.

Eu bem tentei travar aquilo ali, mas não foi possível, porque o senhor estava disposto a explicar-me que o mundo ia acabar e que nos ODIAMOS todos uns aos outros e que está escrito que qualquer dia (não sei se não hoje) só ia restar um homem e uma mulher.
Eu apenas disse: Sabe, não gosto muito dessa palavra. Odiar.
E ele avança. Esse é o problema, fugirmos dos nossos problemas. Não gosta, mas devia reflectir sobre o assunto e blá blá...


O CAMINHO FOI MAIS LONGO DO QUE OS QUILÓMETROS QUE PERCORREMOS.

E sinceramente, ou o senhor teve um momento esquisofrénico ou eu sou uma rapariga de sorte que ainda acredito não odiar o próximo.

Será que existe salvação?

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Ó Mãe... um "TUBÃO"

Tubarão

O Tubão é uma nova espécie que a minha filha inventou. Eu acho que é filho do Tubarão, mas não tem dentes e por isso não é mau.

(é que se for mau, começa logo a viver lá em casa e além de ter de expulsar o macaco, o leão, o urso e o elefante todas as noites... tinha que expulsar também o tubarão. )

sexta-feira, janeiro 18, 2008

De que é que precisas?

(como isto está em todo o lado, acredito piamente que esperem pela minha resposta)

Ora bem, o que eu precisava mesmo (neste preciso momento) era de sair da frente deste ecran e aproveitar o sol lindo desta manhã, numa das belas esplanadas em frente ao rio que tem a minha cidade.

E as vossas respostas?

quarta-feira, janeiro 16, 2008

O Caminho

(continuação disto)

Não sabia o que fazia, nada importava, mas ela... Nunca vi ninguém assim. Ela era a esperança de cortar o meu risco contínuo, ela era o meu despertar. Durante toda a viagem não tirei os meus olhos do seu rosto, não proferi nenhuma palavra.

O comboio parou, o último momento. Eu tenho de fazer qualquer coisa. Foi com este pensamento que decidi puxar conversa e mal sabia eu que era apenas o começo do meu caminho.

As minhas primeiras palavras não foram muito do seu agrado, ela não reagiu ao meu simples olá, não olhou para mim, apenas caminhava. Simples e elegante continuava o seu caminho.

_Beatriz, ouve-me.
_Como é que sabes o meu nome?_olhou para mim meia apavorada_ Vá diz-me como é que sabes o meu nome?
_ Senti-o _ respondi-lhe delicadamente perplexo com a sua beleza.
_Os nomes não se sentem.
_ Tudo se sente. Tudo!

E assim o seu olhar mudou. Parou, parei, nada mais, mas tanta coisa.

(to be continued ;-))

terça-feira, janeiro 15, 2008

Somos seres em constante evolução

Eu consigo cantar a Barata e o Papagaio Loiro, enquanto leio as legendas da minha série preferida do AXN.

Consigo, consigo mesmo!

O Caminho

Eram já sete horas e eu atrasado. Corri atrapalhado para a estação mais próxima e ainda consegui apanhar o último comboio. Foi uma sorte! É cansativo viver longe, aliás o próprio dia-a-dia, longe ou perto, é cansativo. Mas esse dia, o dia dez de Novembro nunca esquecerei. Abriram-se as portas do meu imaginário. Não sei se foi positivo, sei apenas que não esqueço e isso é tudo o que tenho. Levaram-me tudo, mas as memórias, essas, são só minhas.

Sentei-me no único banco vazio, pus a pasta ao colo e suspirei de alívio, as minhas pernas não aguentavam mais. Comecei a observar as pessoas. Quando não se tem nada para fazer, pensa-se na vida ou em outras vidas, naquele momento preferi a segunda hipótese, não suportaria recordar-me depois de uma árdua caminhada, pois tinha conseguido finalmente algum conforto e sossego.

Observava tudo, todos os pormenores, todas as distracções e maldades e no entanto tanta gente, mas ninguém, tantas conversas e o silêncio. Desliguei-me de tudo, não valia a pena desperdiçar tempo com palavras que eu sabia, não valia... Mas lá no fundo, no último banco, a luz era diferente. Levantei-me para ver melhor.

(to be continued)

Dei por mim a ouvir isto...



... vezes sem conta, no rádio do carro.

Estes dias cinzentos, deixam-me mesmo sem cor!

sexta-feira, janeiro 11, 2008

"Basta poder tocar no coração!"

É por isto que eu AMO a minha profissão.

E de repente, depois de assistir a um vídeo de 2m já estou a sonhar!

Torta, és mesmo!

Em conversa comigo:

_ ó mãe eu quéio ixo.

_ Queres isso, se faz favor! Também se usa sabias?

_ Eu quéio ixo e não quéio o xê-faz-favoí!

E com esta última frase cruza os braços e faz beiço. E parece-me que vi ... o pezinho a bater no chão.

quinta-feira, janeiro 10, 2008

De novo com as mãos sujas

De novo de mãos sujas!

Tenho as minhas mãos sujas de ideias. Gosto tanto!

(este é meu, só meu e não vou vender, quando estiver pronto. Vai direitinho para a minha parede da sala.)

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Descobri (com algum espanto) ...

... que ela já diz a palavra: BARBIE

Primeira consideração: Não me digam que é agora que começa o reino de tudo o que é cor-de-rosa e brilha.
Segunda consideração: Se a primeira for verdade, será que já lhe vou conseguir pôr um gancho/elástico ou qualquer coisa que lhe prenda aquele cabelo?
Terceira Consideração: Eu própria também quero o botão de pausa no tempo. Onde se compra?

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Digam-me (se souberem)...

... onde é que eu tenho a minha cabeça!

Ontem em plena superfície comercial a fazer compras para o jantar, chego à caixa e quando vou a tirar a carteira imaginem o que me sai de dentro da mala:

um frasco de especiarias
um molho de coentros
e um pacote de caldos de peixe

(pois esta alminha em vez de pôr as coisas no cesto, toca de enfiar na mala que é mais simples)

Ora agora imaginem a cara da senhora da caixa, quando me sai da boca esta frase:

_ Olhe que eu não faço a mínima ideia de como isto me veio aqui parar!

Então, passei os minutos seguintes a retirar as coisas da mala e a dizer à senhora o que já era meu e o que era ainda para pagar.

Ela não disse nada. ABSOLUTAMENTE NADA. Se calhar porque eu não parava de me explicar e de lhe dizer que não sabia onde tinha a cabeça para fazer uma coisa daquelas...

Só comigo.

(mas paguei e era essa a minha intenção desde o ínicio ;-))

quinta-feira, janeiro 03, 2008

2007

O ano passou, "devagar, devagarinho e andando".

Embora tenha dito em baixo que o tempo voa, este ano voou menos. Foram 365 dias na terra. Pronto, alguns voos, mas de curta duração.

Não foi um ano bom. Para mim, e para os meus. Foi um ano cheio de notícias imprevistas, cheio de coisas muito estranhas.

Ao passar pelos meus amigos, sinto que todos se despediram deste ano com muita pouca saudade. Sem nenhum pesar. Todos nós depositamos neste ano uma enorme esperança, fé de que tudo possa melhorar.

Eu já recebi duas boas notícias: A gravidez de uma amiga e entrada em vigor da lei do tabaco.

Parece que agora se tornou tudo muito possível e realizável.

Para este ano, tenho alguns projectos e sonhos. Tenho algumas coisas em mente.
De tudo o que quero, peço com mais força e mais vontade paz, fé nas pessoas, saúde e determinação.

EU ACREDITO. Este é um ano positivo!
(pelo menos tem mais um dia que o ano passado... e um dia dá para fazer muita coisa)

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Um pouco de ti, minha filha

Tenho escrito muito pouco sobre ti. Também não tenho escrito muito sobre nada. Mas às vezes apetece-me dizer o quanto eu te amo e as palavras não saem. E as que saem soam estranho e nunca desenham o verdadeiro sentimento (redondo, tão redondo).

É como costumo dizer: Tu existes, e isso (apenas isso) reconforta-me, enaltece-me, deixa-me feliz!

Estes últimos tempos não têm sido fáceis. Desde a varicela, que é complicado fazer qualquer coisa: vestir-te, dar-te banho, é complicado comeres, é complicado a hora da cama. Mas também, vistas as coisas, tu sempre foste assim um bocadinho "para o torta" e vem dai muito do teu mistério e encanto.

Falas muito, mas apenas o que queres e se engraças com alguma coisa, repetes vezes sem conta até à exaustão. Como por exemplo: Mamã quéio massa. Só uma, depois não há mais. 'tabém? Depois não há mais. ... E dizes isto até teres o que queres e se não tiveres o que queres há berreiro. E muitas vezes tem mesmo de ser!
Dizes muitas vezes que eu sou má. Eu sou má e tu és bonita. Pois tá claro! Mas depois quando te deitas agarras na minha cara e dás tantos mimos, tantos beijinhos e tantas festinhas que é impossível não adormecer com a alma cheia.

Já tens 2 anos e meio.

Um dia vais perceber, que o tempo... o tempo voa, por isso é para mim tão importante agarrar-me a estes momentos tão especiais que me dás enquanto cresces.

Um beijinho da mãe, que vai agora mesmo cheia de saudades ter contigo.

Anoitecer ...

Para respirar fundo

... do penúltimo dia do ano.