sexta-feira, fevereiro 29, 2008

A minha relação com o ski é ...

... um bocadinho assustadora. Da última vez que tentei praticar esse dito desporto, acabei sempre com a cabeça no chão e os skis a apontar para o céu. Passei o dia inteiro a cair. Mais giro, foi ver crianças de 5 anos a passaram por mim, em pé, e direitinhas.

Um autêntico caos.

Por isso este ano vamos de férias para a neve, e embora leve roupa apropriada, os skis vão ser para outros pés. Ai vão, vão.

Hoje entro de férias, amanhã tenho um grande dia e no Domingo vamos para aqui , na mala não pode faltar os dois livros que quero ler e a máquina fotográfica.

Bis nächste Woche!
(espero não ter escrito nenhum palavrão)

E amanhã é um grande dia

Ah pois é! É o dia do teu casamento. Andamos todos um bocado nervosos, e tu, nem se fala. Mas também não é todos os dias que se casa. ;-)

Quero que saibas que amanhã vou estar ao teu lado no papel de tua madrinha e vou de certo inchar e inchar de orgulho por ver a noiva mais linda do mundo.

Estou desejosa que chegue a hora.

Faltam 27 horas.

Obcecada por animais?? NAHHHHHHH

A cantar:

Oliveirinha da SELVA, o vento leva ....

Conhecem esta versão???

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Da vida

Conheci-o com um sorriso incomparável. Aqueles sorrisos que saltam da alma directamente ao nosso coração. Uma pessoa feliz é uma pessoa que sorri com a alma.

O nosso avô é uma pessoa que me ensinou que podemos ser felizes com aquilo que a vida nos dá, basta para isso, termos vontade e sermos inteligentes em moldar as nossas expectativas. Aquilo que recebemos são as ferramentas, os ingredientes para a felicidade.

O nosso avô é a pessoa mais feliz que conheço.

Lembro-me dele em alturas marcantes da minha vida. Lembro-me de o ver perder o amor da vida dele, mas lembro-me também de como ele deu a volta por cima.

Lembro-me de o ver passear à beira mar e andar quilómetros e quilómetros a pé. Recordo com muito carinho o dia em que ele viu a Beatriz pela primeira vez. O sorriso... o sorriso que nos faz respirar fundo.

Há uns meses o nosso avô sofreu a sua terceira "míni trombose". Levou-lhe a fala, alguns movimentos, mas deixou-lhe o sorriso.

Como ele precisava de assistência 24 horas, decidimos a muito custo que o melhor seria encontrarmos um lar, que o acolhesse e que lhe desse os cuidados médicos que precisa. Foi igualmente difícil a escolha do lar. Lembro-me do meu marido me contar que muitos sítios onde entrou tinham um cheiro que não conseguia sequer descrever. Os sítios que achamos bons são 4 a 5 vezes o valor do colégio da minha filha. Com esforço financeiro da minha sogra escolhemos o melhor.
A adaptação dele ao lar foi maravilhosa. Mais uma vez em poucos dias ele já tinha amigos, já todos falavam dele. A classe feminina então, nem se fala ;-)

Algum tempo depois fomos confrontados com uma doença que para melhorar tinha de fazer um exame (dito por eles) sem riscos nenhuns para o paciente.

A verdade é que depois desse exame ele nunca mais foi o mesmo.

Este fim de semana passamos algumas horas a procurá-lo, fugido do lar e encontramo-lo no hospital. Tinha caído na rua e chamaram a ambulância. Depois dessa situação resolvida, fugiu nessa mesma madrugada das urgências do hospital!

E tem vindo a piorar.

Hoje a ouvir as lágrimas da minha sogra, pensava naquela máxima que tantas vezes ouvimos mas que poucas vezes guardamos o seu verdadeiro sentido.

Devemos viver um dia de cada vez, mas aproveitando ao máximo aquilo que a vida nos dá. Os amigos, a família e o bom que é sentirmo-nos amados pelos nossos entes queridos.

Eu, apenas rezo para lhe voltar a ver e sentir aquele sorriso que sempre inspirou a minha vida.

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Ainda sobre a chucha

ou artigo de muito pouco interesse para quem não tem filhos!

O verdadeiro artigo da chacha ou da chucha!

Há dois dias, ou melhor na noite antes desta, ouvi novamente a palavra que pensei não ouvir mais. Em tom de lamúria às 3 da matina: _ mãe eu quéio a minha chuchinha...

E o que faz uma mãe às 3 da manhã?

De certo não saca do manual da boa educação e começa a folhear até encontrar a solução para aquele problema. Afinal ela tinha deixado a chucha há dois dias e ainda não tinha pedido por ela. Eu tentei! Disse-lhe: _ Ó filha, tu deixaste a chucha, deitáste-as todas fora. Foste tu. Lembras-te?

Depois dessa frase só me lembro do BUÁAÁAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! Num tom muito alto, gritos, enfim! Às três da manhã. Repito 3 DA MANHÃ!

Depois de mais algumas tentativas frustradas, decidi dizer que tinha uma chucha lá em casa de um menino que me tinha emprestado e pimba, enfiei-lhe aquilo na boca. Foi tiro e queda, 1 milésimo de segundo depois já estava a dormir e eu consegui voltar para a cama.

De manhã, a primeira coisa que ela me disse foi: _ Ó mãe acordei de chucha, mas eu já sou crescida!
Conversamos as duas e disse-lhe que a decisão de largar a chucha tinha sido dela e que eu também achava que ela já não precisa da chucha para nada.

Não falou mais nisso até hoje às quatro e cinquenta da manhã. Repito 4H50m da manhã. Eu apenas lhe disse _ Beatriz chuchas tuas NÃO HÁ e o menino já veio buscar a dele.
Eu quero dormir! MESMO!

E lá se ficou sem ela!

Para sempre




Queria recordar este dia com menos mágoa, afinal já passaram alguns anos. Mas o tempo, que é tanto nosso amigo, tende a apagar as boas memórias, deixando-as desfocadas, sem sentidos. Não me lembro do cheiro das coisas boas, mas lembro-me do cheiro deste dia mau, tão mau! O pior dia de todos os meus dias.

Hoje inconscientemente foi a primeira coisa em que pensei. Como se o dia fosse um marco do verdadeiro sofrimento.

Faltam-me as lágrimas que ainda tenho e precisava de chorar.

Para sempre, meu amor!

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

És de ideias fixas

Ontem disseste a mim e ao pai, que já eras "quexida" e por isso, já não precisas de chucha. Logo de seguida deitaste-as todas no lixo.

E pronto. Até agora não as pediste mais.

A ver vamos!

:-)

Adenda: Até agora nada de pedir chucha. Pelo menos em casa e já lá vão duas noites. Vou ligar para o colégio e saber como correu o dia de ontem. Agora anda cá com umas birras que até eu já tive de me conter para não fazer da chucha uma solução!

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

O meu cérebro em acção, a pensar muita coisa ao mesmo tempo

Ontem ainda dentro do colégio tiveste um ataque de exigências. Chamo "ataque de exigências", quando pedes mais do que duas coisas por segundo e não esperas nada até as conseguires. Quero água, quero bolachas, quero, quero, quero.... Tenho alguma dose de paciência no bolso mas às vezes, quando passas do "ataque de exigências" para o "ataque de agora vou começar a correr por aqui fora, não me apanhas e não saio daqui" eu passo-me. Transformo-me. Acho que fico roxa! O tom de voz aumenta e o sorriso desaparece. Enquanto ralhava contigo lembro-me que nas minhas entrelinhas tu gritavas à janela: ajudem-me, ajudem-me! . Quanto tens saidas destas, não consigo continuar o discurso de mãe zangada, porque ficas simplesmente irresistível.

Às vezes penso no segundo filho. Tenho pensado muito. Vejo-te já menina e percebo que o tempo está a passar. Depois penso que ainda tenho muito tempo. Que ela ainda é muito nova. Que eu não aguentaria mais uns meses sem dormir e más noites que ainda tenho. E o dinheiro e blá, blá. Penso muitas coisas muito seguidas umas que me dizem que sim, outras que me dizem que não. Mas é algo que vem de dentro. Uma chamada... o corpo que faz tic-tac, tic-tac. Claro está que, por cauda disto, tudo o que vejo são grávidas e bebés e conversas sobre o assunto. Sei bem a importância que é ter um irmão. Já tive, já não o tenho e por isso, sei o que é ser filha única e sei o que é ter um irmão. Faz-me falta ainda hoje! Mas continuo a achar que ainda sou muito nova e tenho muito tempo.

Queria dar o salto no trabalho. Atirar-me de cabeça na direcção do que acredito muito. Mas o tempo vai passando e a coragem às vezes fica camuflada na vertigem dos dias. Por isso, há dias que sonho com isso. Sonho com o meu sonho. Talvez não tenha nenhum motivo grave ou suficientemente forte para dar o pontapé. Eu gosto das duas coisas que faço.

Queria praticar algum desporto. Anda a fazer-me falta.
Continuo a pintar, um pouco em cada dia, uma história de cada vez. E faz sentido. Hoje olhei para os meus azulejos da casa de banho e acho que vou largar um bocado a tela.
Não consigo fazer apenas uma coisa de cada vez.

Hoje é dia dos namorados. Não sei porquê, não ligo a este dia. Tenho a sensação de bando, e isso assusta-me. Comemoro, melhor, comemora-mos, mas em casa, no aconchego. Hoje devo ser eu a fazer o jantar. E o papel do não sei cozinhar foi tão bem decorado que agora nunca faço nada de jeito. A vontade não abunda!

Pediste-me para ir ter com o "Calenço" e com a "abó", para ires brincar com a Joaninha. "Ó mãe posso ir ter com o Calenço para ir bincar com a Joaninha, posso? Dá cá um beijinho"

E de tudo o que se passou, a memória que fica é do beijinho que me deste. E depois de outro e mais outro.

(e o coração cheio... )

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Tlim, Tlom

_ Sim, bom dia.

_ Olá bom dia minha senhora, a senhora não se importaria que eu fosse urinar nos seus lavabos?


(Aconteceu. Acabou de acontecer. Eu tenho testemunhas. Fiquei de boca aberta!)

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Em tudo o que fizeres apressa-te lentamente.

(Augusto)

Praia

Praia

Brincadeiras a dois

Brincadeiras a dois

Talvez sejam estes momentos que me arrancam a pressa dos dias.



segunda-feira, fevereiro 11, 2008

10 minutos depois

E alguém se lembra que passados 10 minutos, já não se consegue mexer o maxilar?

Eu acho que nem as pastilhas são o que eram, bolas...

Alguém ainda se lembra...

... do bom que é o sabor de uma SUPER GORILA?

É que só o facto de ter uma na boca, volto 15 anos atrás no tempo. Isto é quase um momento de meditação.

(para ser perfeito, só falta poder mastigar isto de boca aberta... eheheheh)

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Queria escrever isto sem que se pareça com algo estranho...

... mas sinceramente não sei se é possível.

Gosto de ver pessoas entusiasmadas com o que fazem. Gosto de sentir a energia que se gera, quando alguém explica um projecto, ou uma ideia e realmente acredita naquilo. E gosto de tal maneira que começo a sentir essa energia dentro de mim. Apetece-me produzir, agarrar, criar e fazer algo construtivo.

Acredito que só fazem sentido as coisas que nascem assim, fruto de amor e dedicação.

Ontem senti isso no colégio da minha filha. Senti que o colégio não está parado, estagnado e resignado ao que existe. Sinto que estudam, que pesquisam que querem ser melhor. E isso, para mim, é tão ou mais importante que o resultado em si.

Mas numa apresentação assim consegue-se ver as coisas de diferentes perspectivas, ou melhor, consegue-se sentir as diferenças que existem nas pessoas, nos pais. As diferentes preocupações de cada um. O que acham importante, o que querem dos filhos.

O que eu quero, é que dêem espaço à minha filha, que lhe apresentem soluções para ela se encontrar, para ela explorar, para ela se conhecer. Quero que ela aprenda com erros, mas que experimente, que viva. Quero que saiba ajudar o próximo, que não discrimine, quero que respeite... e depois de tudo isso, quero que seja uma futura boa aluna, etc. Mas mesmo só depois de tudo o resto.

Hoje, talvez por ela ainda ser muito nova, ainda não me preocupa o facto de ela saber ler e escrever. Não me preocupa o facto de vivermos num mundo competitivo. Isso das competições tem muito que se lhe diga!

Há sempre quem fale muito. Quem questione muito. Muitas vezes pelo prazer de dizer qual quer coisa em voz alta, ou apenas por ser do contra... ou porque , ou porque.
Há quem observe calado, há quem fale com o vizinho do lado.
Há quem esteja apenas numa conversa paralela.
Há quem falte.
Há também quem não se interesse.

Para mim, é a decisão mais importante da minha vida. Não é a casa, ou o carro, ou a profissão...

A apresentação do novo projecto fez-me bem (menos ao estômago, porque estava cheia de fome). Fez-me bem por me relembrar o porquê de ter escolhido aquele, como o colégio da minha filha.

Não por causa das instalações, ou por causa de ser um colégio de nome, ou porque fica bem, ou porque, ou porque...

Escolhi-o porque gosto da massa humana. Gosto de pessoas que querem mais e melhor. Que estudem, pensem, transmitam, etc. Gosto de pessoas que têm valores com os quais eu me identifico. Só assim me faz sentido.

E são as pessoas que dão vida a uma casa!

Cuidado: este artigo diz PIPI

Enquanto te lavava (o PIPI) de manhã:

Ó MÃIIIIII, tá quieta, ixo é MEU Ó!

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Coisas de mãe

(que como a Alda disse no outro dia, não se explicam)

Fecho o olhos e vejo-te com febre. O coração aperta. Fica pequeno. Tento afastar o pensamento, num acesso louco de acreditar a 100% no que chamam de lei da atracção. Normalmente começo a pensar muito depressa numa outra coisa qualquer, no mar, na praia, num dia bonito... mas o pensamento existiu. Vi-te com febre e pronto.

Dia seguinte vais bem para o tua avó. Mas o nó no estômago continua.

Sai do trabalho, batem-me no carro e liga-me a minha mãe a dizer: Olha a Bia de repente ficou com febre. Há dias que ....

Porque é que não me surpreendi? Porque sempre que ela fica doente eu sei, muito antes de ela estar. Sempre foi assim, desde que nasceu.

Acredito que isto seja simplesmente uma coisa de mãe, de alguém que gerou a tua vida, que te teve 9 meses dentro de mim. Acredito que sim.

Há dias em que a piroseira me bate bem forte!



Hoje é um dia assim.... hoje de manhã a cantar bem alto, dentro do carro de vidros fechados claro.

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Quando a vontade é pouca...

... a criatividade também.

Já me perguntei 50 vezes o que faço aqui hoje. E a única resposta que encontro é:

OCUPO ESPAÇO (físico, claro!)

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Ontem...

...fui ver isto e recomendo.

O único senão, é a duração da mesma. Eu escolhi um dia de semana depois de ter trabalhado o dia todo, inclusive hora de almoço. Escolhi um dia em que fui buscar a Bi, tive de ir pagar a conta da piscina. Escolhi um dia que dei banho, fiz jantar e só depois peguei no carro para ir.

Cheguei às 21H, hora que começa. Saí às 24H30, hora em que acaba.

E quando cheguei a casa à 1H00, ainda fui coser o vestido de Minie da minha filha (que por acaso nem o queria vestir de manhã... tal a birra.

Tudo a correr, logo: Tudo dentro da normalidade!