quinta-feira, maio 31, 2007

Gosto da expressão II

"Ó pá, tu trabalhas que te desunhas!"

Igualmente gira, soa-me bem como o espirra-canivetes, também sei que me estão a dizer que trabalho muito, mas desunha?


...

mas que é giro dizer, é!

Vou dizer muitas vezes seguidas: DESUNHA, DESUNHA, DESUNHA, pode ser que isto seja terapêutico.

Gosto da expressão

"Ela é uma espirra-canivetes"

Soa bem, é engraçada, sei o que significa (mais ou menos).

Agora, alguém me explica porque é que o espirra mais o canivetes é igual a pessoa magra?

quarta-feira, maio 30, 2007

Preocupo-me quando...

(a linguagem deste post é um bocadinho estranha e pesada)

... ela me pede uma "PACHACHA".

Respiro fundo quando percebo que uma "PACHACHA" é uma BOLACHA.
Agora imaginem lá ela a pedir-me uma BOLACHA em plena praça pública.

Adenda: acho que me vão começar a utilizar como tradutor automático do Google.

Privadíssima

Dei-me ao trabalho. Abri a porta do teu armário e, de dedo esticado, comecei a contar as tuas camisas. Incrível... sem contar com as camisas do lado esquerdo, as rejeitadas, tu tens 25 camisas. (ora pois não contando com as que estão para lavar e passar etc... etc...).

NUNCA mais me digas que eu tenho muitos sapatos, ok?

Novidades

Estamos melhores, muito obrigada! Já não tem febre. Já manda vir, dá pontapés e faz birras, por isso, tudo a voltar à normalidade.

domingo, maio 27, 2007

Tinha bilhetes para a taça

Já me tinha imaginado a comer a bela da bifana, a afiar a língua e a roer as poucas unhas que tenho.

Mas a Bia adoeceu, está com febres altas constantes e a minha luta passou do relvado, para o chão de minha casa.

Roo as unhas à mesma.

adenda: as febres altas passaram mesmo a números redondos e pela primeira vez vi o 40 no visor do termómetro. Depois de 50 minutos de benuron a febre continuava a subir. Fui ao hospital. Fui ao hospital porque não me imaginei a passar a noite com febres assim sem saber se era realmente algo de grave. Não diagnosticaram nada em concreto, mas já está a antibiótico. Vamos ver como vão correr as próximas 48horas.
Foi a segunda vez que fui com ela ao hospital. A primeira foi de tal maneira traumática, que ela lembrou-se. A sério que se lembrou. Mal viu a marquesa, e a sala desatou num pranto que só visto. Eu acho que só por isso, a febre baixou. Foram duas horas e tal de choro contínuo.
Cheguei a casa. Ela está mais bem disposta, com febre baixa.
Eu ainda tenho unhas, mas parece que me passou um autocarro da carris por cima. Melhores horas virão.

quarta-feira, maio 23, 2007

Momento de pausa

No meio de um dia de trabalho, os telefones tocam, a campainha também... os e-mails apinham-se e uma pessoa quase que enlouquece à velocidade com que tudo isto de desenrola.

Digo à minha colega. "Ritinha café?" Ela acena que sim ... e lá vamos nós para o nosso momento de pausa. A PAUSA.
Quando olhamos uma para a outra, eu tinha 2 telemóveis (o meu e o da empresa) e um post-it. Ela tinha um bloco de baixo do braço e uma caneta. Nem sequer sobrava mãos para pressionar o botão que dava o dito café.

O que vale, no meio disto tudo é que nos rimos e rimos feitas loucas de nós próprias.

Moral da história: Se não os consegues vencer junta-te a eles!

segunda-feira, maio 21, 2007

Cortei a franja

(já há algum tempo)

Há quem diga que adora e quem me chame Tonicha. Na verdade, eu gosto, sinto-me mais nova e, por isso, com mais vontade de carregar o mundo nas mãos.

Perguntas sem resposta

Porque é que, por mais meias e boxers que se compre para um homem, ele NUNCA tem meias nem boxers para usar?

Porque é que eles acham que nós mulheres temos alguma coisa a ver com isso?

...

(eu não lhe pergunto pela minha pinça... mas também nunca sei dela!)

sexta-feira, maio 18, 2007

A memória dos afectos

Afecta-me a insensibilidade.
Afecta-me a incapacidade de sentir.
Afecta-me os que têm ausência de afectos.

Revolta-me a discriminação, seja de que tipo for.
Revolta-me o preconceito.

Acontece que nos meus poucos anos já sofri discriminação, insensibilidade e preconceito. Independentemente de vir de um estranho ou não. Com a diferença de que, quando vem de um estranho, não afecta, magoa, destrói e revolta tanto como quando é com alguém que tem uma raiz no nosso coração.

O meu coração tem muitas raízes (escrevo este texto, com muita força nas teclas, a força do tamanho na minha revolta).
As raízes do meu coração crescem, sobem pelos pulmões, atravessam o meu pescoço e chegam ao meu cérebro. Por isso, quando alguma coisa acontece a uma dessas raízes, o meu raciocínio obriga-me a agir. Agir, igual a ajudar, estar ao lado, participar, fazer algo. Este é o meu conceito de família. As minhas raízes fazem parte de uma grande árvore.


Eu não tenho nada de mais para dar, mas dou o que tenho.
E pode ser que um dia alguém te ensine o conceito de família. Eu não, com toda a certeza.

...

Uma dessas pessoas que não fazem falta nenhuma como dizes tu, faz-me falta a mim. Era a maior raiz do meu coração. Infelizmente faleceu TOXICODEPENDENTE E SEROPOSITIVO (escrevo assim em letras grandes para se ler bem porque eu não tenho vergonha nem preconceito. Felizmente! Felizmente também e igualmente importante... eu GUARDO A MEMÓRIA DOS AFECTOS!)

quinta-feira, maio 17, 2007

Os desenhos da Alma...

"Noutro dia, a alma do filósofo tinha-se escapado. Há anos que ele a alimentava, estava pura mas cada vez mais consciente, mais quente e, por isso, mais leve. Havia dias que mal a sentia, como se estivesse transparente, translúcida.

As almas não existem e no entanto nós pressentimo-las. Em certos seres, elas esfumam-se permanentemente, noutros, instalam-se obrigando os seus possuídores a severos deveres. Há casos de humanos que abdicam do corpo quase que por completo, outros têm alma mas sem peso, outros têm-nas de birra, vagueiam de cá para lá, de lá para cá... outros têm a alma no corpo, junta com muitos objectos que adquirem. Nesses as almas não choram.

Há almas que esperam sentadas as doze badaladas esquecendo a passagem, choram as horas que não voltam. Estas são as almas tristes.

Os apaixonados têm almas de amor, são as únicas que apanham sol no inverno. Em certos dias, quando o mundo está parado e só o sol brilha, elas sentam-se na esplanada a olhar para o mar. O que é certo é que o filósofo viu a sua alma fugir. Na sua alma estava tudo. Ainda pensou em rezar para que ela voltasse. Olhou fixamente o céu e as estrelas, chegou a pedir ajuda.

Nunca se sabe a verdadeira idade de uma alma. Não são novas nem velhas, são cheias ou vazias tal como as ondas do mar. São cheias quando têm água que se transforma em lágrimas redondas que escorrem grandes e quentes pelo rosto. Constroem caminhos sem margens.

As almas são vazias quando estão secas, têm ar, respiram, mas não vibram... falta-lhes o vermelhão. Noutro dia, de céu azul, o filósofo viu a alma misturar-se com a areia e a espuma do mar. Faziam segredos que ele não compreendeu. O rapaz olhou-o fixamente, tinha dificuldade em ver a alma do filósofo, era transparente, muito transparente, aos poucos as histórias transformam-se noutras histórias de côr e desenho que o filósofo deu ao rapaz. Mas ele apressou-se a caminhar de cá para lá, de lá para cá, para lá, para cá, na alma da alma da alma... de cá para lá..."

Ana Maria

Não sei qual foi o dia...

...em que deixei de sentir que um ano demorava a passar. Apenas sei que foi de um dia para o outro. Se calhar foi quando finalmente me senti uma pessoa adulta. (Se é que eu sei o que é ser uma pessoa adulta). Mas antigamente os meses sabiam-me a meses e, às vezes, até me aborrecia do tempo não passar, aborrecia-me por faltar muito para o Verão. Agora o que sinto é que estou sempre a trabalhar para um mês futuro que passa de futuro a passado num piscar de olhos.

É um lugar comum, eu sei, dizer que o tempo voa. Eu queria entender o dia em que o meu começou a voar.


(a contagem decrescente para os teus 24 meses... para mim começa hoje, aos 23 meses que completas hoje.)

terça-feira, maio 15, 2007

Num baloiço de jardim...

... abracei-te e encostei-te ao meu peito. Ali ficamos... juntas e em silêncio. Num silêncio que preenche a alma.

Sai de mim e olhei para nós. Senti-me tua mãe. (São raros os momentos em que me sinto tua mãe.)

Tive medo de me mexer, não queria que aquele momento acabasse nunca.

Respirei-o mais uma vez.

Desapareceram as birras, os choros e as gritarias. No ar ficou apenas, o verdadeiro sentido da vida.

E como uma destas nunca vem só...

... no mesmo restaurante.

Estavam na mesa em frente à minha 4 pessoas a almoçar. A senhora começou a meter-se com a Beatriz que se deliciava com as brincadeiras.

Nisto o senhor à sua frente sai-se com esta:

Ele: "Então e filhos, para quando?"
Ela: "ah, ainda não, ainda é cedo!"
Ele: "Olhe que já está a passar da idade."
Ela: ...
Ele: "Quer um espermatozóide meu?"
Ela vermelha como tudo. Eu quase a levantar-me da mesa para lhe enfiar a açorda na cabeça
Ele continuava: "Conhece os meus filhos, olhe que vale bem a pena, não acha???"

Digam lá se isto é normal?

(pedimos a conta e saímos dali, raios de gente maluca!)

Alguém que por favor leve este homem!

(num restaurante)

"Vou pôr aqui a açordinha, para depois pôr aqui a espetadinha no centrinho desta mesinha."

(e eu a pensar que o homem não podia estar bonzinho da cabecinha!)

quinta-feira, maio 10, 2007

As minhas costas falam comigo

ó psssst... ó "shodona", se não paras com este ritmo aceleradíssimo de teres a mania que fazes mais do que podes, levas cá com uma crise de ciática que ficas sem te mexer mais um mês, ok???

eu só te estou a avisar,hum... Pensa bem... muito bem!

Que me perdoem a expressão

Há dias que ela só pode estar possuída!

Como é que é possível ela acordar já a dizer não, não queio. Eu, sentada na cama a ver todo aquele aparato. Refilava, mandava com tudo para o chão, batia no palhaço e fazia cá uma cara de má, que só visto.


Não sei bem a quem é que ela sai com este feitiozinho religioso...


... ou se calhar... bem... se calhar até sei!

Coisas que são só dela

Ela: Mamã a Lua?

(eu que sou sua mãe e conheço-a como a palma da minha mão) Filhota a Lua está no colégio... amanhã vais vê-la outra vez.


Lua é como ela carinhosamente chama a educadora.