Ser boa, ou má mãe. Ser mãe galinha, ou não. Ser isto, ou ser aquilo... enfim, muito se tem especulado nestes últimos dias sobre este tema, que tanto assunto gera em sua volta.
Ser MÃE!
(como não sei estar caladinha e sossegadinha, também venho opinar aqui no meu cantinho)
Sei que mudei com a maternidade. Às vezes tento pensar em que é que eu mudei e, não chego a nenhuma conclusão. Mas sei que mudei.
Continuo a sentir-me bem como mulher. Tenho é mais algumas incertezas e tenho mais alguns medos. Mas penso que tenho uma maior capacidade de amar sem procurar retorno.
Quando a Beatriz era muito pequenina, custava-me partilhá-la com o Mundo (exceptuando o pai). Queria ser eu a fazer tudo, queria estar sempre lá. Para ser sincera a ideia de a colocar num infantário era para mim mais fácil do que deixá-la com alguma das avós. Até porque este ciúme que se gera em torno da nova família me enerva um bocadinho.
Até que alguém me disse uma coisa. Uma coisa que me fez pensar muito. Uma coisa que me fez bem.
"VAIS SER SEMPRE MÃE DELA."
Soube-me bem ouvir. Só nesse momento encaixei essa realidade.
Ela foi para o colégio (estou muito contente com o colégio e não me arrependo de a ter colocado lá , mesmo tendo a minha mãe que não trabalha).
Ela começou a ter mais tempo com o Mundo.
Como mãe quero que a minha filha seja amada, não só por mim. Mas tenho o dever de lhe proporcionar outros convívios e outros "amores". Amor de tio, primos, avós e amigos. Para isso, tenho de a deixar conviver. Descobrir.
Depois, e logo em seguida, li uma coisa num blog que mudou novamente a minha maneira de pensar:
"ÁS VEZES QUERO TANTO SER UMA BOA MÃE QUE ME ESQUEÇO DE MIM. NESSAS ALTURAS EU NÃO ESTOU A SER UMA BOA MÃE!"
E corri atrás de alguns dos meus sonhos (sim tenho mais sonhos do que ser mãe). E sinto-me muito mais feliz, preenchida e ocupada.
Assim, quando estou com ela, estou mesmo com ela. Completa e com muita coisa para dar.
Não sei se isto é ser boa, ou má mãe. Sei que é a MINHA maneira de ser Mãe.