Há meses atrás, em pleno auto-estrada, um ferro vindo do nada entrou pelo motor do carro do meu marido. Felizmente, foi no motor e não uns centímetros mais a cima...
Como quem se responsabiliza pelos acidentes nos nossos auto-estradas é a Brisa, quem pagou o valor do arranjo fomos nós, sendo que posteriormente a Brisa acartaria com os custos totais.
Com o carro imobilizado, o meu marido chamou a Brisa, a polícia e o reboque. A polícia aconselhou-o a guardar o ferro como prova do acidente.
Há dias recebemos uma carta da Brisa, que dizia algo assim:
Meus senhores têm de pagar tudo e mais alguma coisinha, pois foi uma equipa da Brisa ao local e não encontramos ferro nenhum.
E penso eu: Pois não , meus amigos, o ferro faz parte da decoração da minha casa há meses.
Enquanto isto, eles devem-me dinheiro e eu tenho de continuar a pagar as minhas obrigações a horas...
Há dias o meu marido recebeu uma cartita da polícia a dizer que tinha sido apanhado ao telemóvel. Como foi identificado a multa é de 280 e tal euros e 30 dias de inibição de condução.
Continuando o raciocínio, todos os dias, quando me desloco para o trabalho, apanho um radar, e agora a novidade é que, existe sempre brigadas de polícia em imensos sítios.
E a minha conclusão é esta:
Se calhar se o carro não fosse meu, mas sim roubado a alguém, e o telemóvel não fosse meu, mas sim igualmente roubado. Se me faltasse dinheiro e fosse assaltar um banco, certamente não teria todas estas responsabilidades como cidadã e no dia seguinte a ser detida, estaria na rua pronta para assaltar mais umas coisas e longe de preocupações.
(porque é que eles não colocam os radares perto dos bancos e as brigadas também. Assim podia ser que em vez de andarem a passar multas pudessem, de vez em quando, combater a criminalidade.