quinta-feira, abril 24, 2008

E o que me apetecia agora...

... agorinha mesmo, era uma bola de Berlim daquelas vendidas na praia. Depois apetecia-me que não fosse de noite, mas sim de dia e que em vez de estar aqui, estivesse lá, de pé descalço a sentir a areia e o sabor, do melhor bolo do mundo.


(até estou com água na boca)

Gosto da "Gota"

terça-feira, abril 22, 2008

Carrego o teu coração comigo

(para ti minha filha)


Carrego o teu coração comigo
(Eu carrego-o no meu coração)
Nunca estou sem ele
(Onde quer que eu vá, tu vais, minha querida;
e o que quer que eu faça é por ti que faço,
minha querida)

Eu não temo o destino
(pois tu és o meu destino, meu doce)
Não quero o mundo
(pela beleza tu és o meu mundo, a minha verdade)
E tu és o que a Lua sempre significou
E o que quer que o Sol transmita, és tu

Eis o segredo mais profundo que ninguém sabe
(aqui está a raiz da raiz e o botão dos botões em flor
e o céu do céu de uma árvore chamada vida;
que cresce mais do que a alma pode esperar ou a mente pode esconder)
e este é o milagre que mantém as estrelas separadas

Eu carrego o teu coração
(Carrego-o no meu coração)

E.E.Cummings

Abril sorrisos Mil

(durante estes dias... para memória futura)

Dormiste pela primeira vez na tua vida até às 12H50 (o que fez com que eu passasse o dia todo em alerta a pensar que ias ficar doente)
Consegui pela primeira vez fazer-te um rabo de cavalo e no dia seguinte um totó (entusiasmei-me de tal maneira que hoje comprei-te uma pulseira e um fio às flores. Pirosos até à última casa)
Comeste a sopa sozinha (sem gritos, berros, colheres pelo ar e comida para o cão)
Dormes depois de te ler um história (sem abanões e pedidos para ir para a minha cama)
Disseste-me ontem que tinhas namorado (e o pai ouviu!)
O Rodrigo diz que namora contigo, mas tu dizes que namoras é com o Duarte ( o pai perguntou-te o que o Duarte te faz e tu respondeste: Dá beixinhos! Quando te perguntamos assim em coro: ATÃO E TU O QUE-É-QUE-LHE-FAZES????? Tu respondeste: Eu, dou-lhe palmadas (minha rica filha, tem a quem sair!)
Quando te aborreces dizes que estás zangada comigo e que já não és minha amiga.
Já não usas chucha há uns meses e fraldas, só a da noite, mas o biberon é de manhã e de noite o teu melhor amigo.

Daqui a dois meses .... 3 anos!

quinta-feira, abril 17, 2008

Em jeito de conclusão

Não sei bem se tudo me acontece, ou se sou naturalmente complicada. Mas muitas vezes o que parece óbvio e tão simples, toma proporções que merecem registo.

Ora vejamos.

Algures no início de Fevereiro, numa rara ida minha a um centro comercial, houve alguém que decidiu estatelar o seu carro contra a frente do meu. Bendito século XXI, papelada para cá e para lá e tudo se resolveu.

O primeiro telefonema da seguradora para mim, foi para informar que o condutor do veículo que bateu no meu não tinha o seguro válido. Traduzido em linguagem profissional: No meu sinistro o condutor não tinha pago a apólice.
Resolvido isto, que não passou de um falso alarme, marcaram a peritagem do carro. Claro está, que na ponta oposta ao meu trabalho. Até ai tudo bem, lá organizei a coisa de forma a conseguir.
Durante as minhas férias, ligarem vezes sem fim, até que atendi e a "xodona Dina" disse que tinham de marcar nova peritagem, pois aquela não tinha sido válida, tinha sido feita pela seguradora errada. E a próxima vistoria seria no dia seguinte, já marcada.
Expliquei à senhora que estava na Suiça, numa pausa de uma descida de uma pista azul, para atender o seu tão urgente telefonema. Como tal, era impossível eu comparecer à peritagem. Marcaram como FALTA minha.
Logo que cheguei marquei novamente.
Nessa noite a Bia foi mordida por um insecto e aquilo inchou tanto que acabámos no hospital às 6 da manhã. Tive de faltar e mais uma falta minha.
Na quarta tentativa, depois de mudar a minha vida toda, de apanhar 2 taxis, lá deixei de novo o carro à hora marcada. 8H30 da manhã na garagem. Às 17h00, telefono a perguntar se posso ir levantar o carro. O perito faltou. Simplesmente não compareceu o dia todo, e mais um taxi e alguns trocos do meu bolso.

Saltou-me a tampa! Literamente SALTOU-ME A TAMPA TODA.

Depois de alguns telefonemas, que não valem a pena referir, enviaram-me o orçamento por escrito, eu enviei à seguradora e marcaram a reparação.

A rent-a-car que me arranjaram, está na ponta oposta à oficina, que fica numa outra ponta oposta do meu trabalho, que por sua vez fica longe "comócaraças" da minha casa.

Hoje, dia de levantar o carro até às 17H30, para não falhar decidi sair às 16H15.

Ora pois que:
Começou a chover sem haver amanhã
Fecharam o túnel do Marquês
Houve uma manifestação
E depois de muitas voltas, pedidos, telefonemas e quase ameaças, lá consegui que me entregassem o carro à hora que conseguisse lá chegar.

Tudo isto para registar que:
Saí do emprego às 16H15 e cheguei a casa às 20H20, com produtividade ZERO.
Mais um daqueles dias em que o meu marido que trabalha no Algarve, chega antes de mim a casa.

quarta-feira, abril 16, 2008

Palavras de outros que me dizem muito,

... por isso (digamos que), antes de recomeçar isto "à séria" ando a mastigar as palavras.

" Não faças isso, estás farto de saber que não deves escrever quando estás zangado, quando tudo em ti se agita, quando te morde a impaciência. A raiva. Vá lá, diz a palavra, mastiga-a nos dentes que te rangem. Desde que não a escrevas. Não escrevas. Não escrevas quando estás assim, prometeste tanta vez, sabes do resultado. Como não te deves sentar e começar se, por um acaso, te encontras particularmente eufórico, a achar sentido nas coisas. A escrita, aprendeste à tua custa, dá-se mal com a realidade: não podes transpor emoções ao mesmo tempo que borbulham. Já sabes que a escrita é um vinho, deixa respirar, não avances , não te precipites. Um vinho. Se a raiva te salta, te guia o coração e os tendões, se te retesas, afasta-te das palavras. (...)
Não escrevas quando és um bicho. Quando estás desfeito. Não há pior erro do que o erro do principiante. (...) Se queres pensar nisso por um momento, sai, fecha a porta, vagueia, atravessa ruas sem olhares, deixa-te ir aos encontrões entre os fantasmas anónimos que não te dizem nada. Mas afasta-te. Não escrevas. Não é tempo de escrever. (...)
Vai gritar para outro lado. Só voltas ao ofício quando te tiver passado a raiva. Para poderes escrever sobre ela."
Rodrigo Guedes de Carvalho

Contrasenso do dia

Sair de um dia inteirinho no Spa do Ritz directamente para casa, descascar batatas para o caldo verde do jantar.

yes, that's me!

sexta-feira, abril 11, 2008

1º dia de blog privatizado

Ainda me faltam as palavras.